RELATIVISMO


Dois homens, um da Arábia Saudita e outro da Dinamarca, são colocados em uma sala com a temperatura de 11 graus. Eles vestem o mesmo tipo de roupa, camisa polo, calça jeans e tênis. Após uma hora, ainda nesse ambiente, ambos são entrevistados. A pergunta que é feita a eles é: Está frio nessa sala? O árabe é o primeiro a se manifestar e afirmar que esta muito frio. Já o dinamarquês diz que a temperatura do ambiente está excelente e não sente nenhum pouco de frio.
Eu pergunto para você: quem está correto? O árabe ou o dinamarquês? Certamente você está pensando: os dois. A final um vem de um país quente e não está acostumado com temperaturas baixas como a esta a qual foi exposto; já o outro vem de um país com temperaturas muito mais baixas e naturalmente está acostumado com o frio.
O fato de eu estar acostumado com alguma coisa pode servir de regra para determinar se estou certo ou errado? Se sua resposta for sim, então, não existe valores universais para você e quem determina se algo é certo ou errado é o individuo. Mas, se sua resposta for não, então você acredita nos princípios universais e são eles que determinam se um sujeito está certo ou errado em sua resposta e conduta diante dos fatos.
Essa questão, feita nestes termos, quase como uma brincadeira, pode soar irrelevante para você, mas quando levamos essa maneira de interpretar a vida para as questões sobre ética, moral, religião e politica, faz toda a diferença. Existem regras universais sobre ética, moral, religião e politica?
Protágoras. Grave esse nome. Esse sujeito criou uma teoria que é muito difundida hoje em dia. Protágoras viveu antes de Cristo (490 a.C  420 a.C), na Grécia antiga. Protágoras era conselheiro e professor em Atenas. Dava aulas sobre legislação e retórica. Os seus ensinos tinha como objetivo ensinar um sujeito a ganhar um debate, sem se importar em provar um ponto de vista. Para ele todo argumento tinha dois lados, ambos podiam ser válidos. O argumento mais fraco podia ser transformado em um argumento mais forte dependendo do convencimento da pessoa que apresentava o argumento e não do valor do argumento. O que realmente contava, de acordo com Protágoras, era a subjetividade do ser humano, para ele “o homem é a medida de todas as coisas”. Com esse pensamento Protágoras rejeitou a existência de verdades absolutas. O que é verdadeiro para um sujeito, pode ser falso para o outro, o que é correto para um pode ser errado para o outro.  
E não é que essa teoria cresceu e se desenvolveu e ganhou adeptos no mundo todo. Muitos acreditam que algo é correto e ético porque uma pessoa ou sociedade julga assim, e não porque existe uma regra universal que determina se aquilo é correto ou/e ético.
Pensando desse jeito os nazistas estavam corretos ao quererem uma sociedade mais pura. Estavam seguindo a moralidade de sua época. Mas não, pois, estavam violando uma regra universal, aceita por todos os povos: o assassinato do ser humano é errado.
Relativismo. Tudo é relativo. Creio que você já ouviu ou até mesmo pronunciou essa frase. Você acredita que tudo é relativo, ou só algumas coisas são relativas? Você rejeita alguma regra universal? Por que?
Tai uma coisa para se pensar: vivemos de acordo com as nossas próprias regras, que são relativas, ou vivemos de acordo com os princípios universais?
 11 graus é frio em qualquer lugar do mundo, mesmo que você esteja acostumado com temperaturas baixas. Pense nisso!


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