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Mostrando postagens de dezembro, 2019

QUEM EU SOU?

Quem eu sou? Sou humano, sou pequeno e sou fraco, buscando um alvo, o alvo do Senhor! Quem eu sou? Alguém que ainda não se conhece perfeitamente, mas que conhecerei quando vir o Eu Sou! Quem eu sou? Não sou alguém que anda no mundo sem rumo, tenho um propósito, estou de passagem, peregrino sou. Quem eu sou? Sou aquele que caminha olhando para o espelho e dia-a-dia, de glória em glória, transformado sou. Quem eu sou? Sou pó, sou verme, sou pecador. Quem eu sou? Sou alguém que luta agora, porque morto estava, agora vivo estou. Quem eu sou? Sou participante do maior Reino que já existiu em todas as eras, sou seu mensageiro, sou seu embaixador. Quem eu sou? Sou filho de Deus, quem me adotou. Quem eu sou? Sou amado de Deus, protegido do Senhor, sou aquele que ama a Deus, porque primeiro Ele me amou. Quem eu sou? Sou um dos que foram regenerados, sou um dos que foram resgatados, sou salvo, sou do Senhor! Quem eu sou? Sou um daqueles milhares de milhares que um dia reunidos diante do Trono

EDUCANDO FILHOS A MANEIRA DE DEUS - COMO CRIAR UM FILHO MORAL

Esta questão nos chama a atenção é o título dessa meditação: “Como Criar um Filho Moral?”. Pois se pensarmos rapidamente, sem ponderarmos, no primeiro momento podemos dizer a nós mesmos: Como Assim? Não quero criar um filho rígido, intransigente. E essa repulsa pela palavra moral tem haver com a estrutura de plausibilidade da sociedade em que vivemos, tem haver com a influência da nossa sociedade, influência esta que é passada principalmente pelos meios de comunicação. Mas se refletirmos um pouco veremos que a criação de um filho(a) envolve o ensinamento da moral, pois não existe ninguém que seja amoral, ninguém é neutro, todos somos influenciados por uma moral, todos nós tomamos decisões diárias baseados na moral que seguimos.     Agora precisamos decidir qual moral será passada, por nós, aos nossos filhos. Se não nos posicionarmos nesta questão, vai acontecer que educaremos nossos filhos sob uma “abordagem mista”, um misto de valores morais baseado nos valores da nossa sociedade,

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #12 OS INIMIGOS DO CONHECIMENTO DE DEUS - INIMIGO 4 –HIPOCRISIA

Tais pessoas nunca levam a Deus em consideração verdadeiramente, as pessoas só consideram a Deus quando são por ele constrangidas, e a aproximação a Deus, por parte dessas pessoas, só acontece quando o próprio Deus as atrai, arrastando-as, não levando em conta a resistência dessas pessoas. O temor genuíno que brota da reverência da pessoa em reconhecimento da majestade de Deus não acontece com estas pessoas, pois elas têm apenas um temor condescendente e pressionado por causa da expectação do juízo divino a qual não conseguem se livrar ainda que tentem e se apavorem com esta ideia de que um dia terão que prestar contas a Deus, por isso mesmo, tentam, de todas as maneiras possíveis, invalidar o juízo divino até mesmo abomina-o. Calvino continua dizendo que o temor dessa terrível expectação do juízo divino foi o primeiro a dar origem aos deuses no mundo, conforme asseverou o poeta pagão, Eustáquio. Todos aqueles que desprezam a justiça de Deus estão, tentando destruir, excessivamente

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #11 OS INIMIGOS DO CONHECIMENTO DE DEUS - INIMIGO 3 – IDOLATRIA

Assim são derrubadas as inconsistentes defesas com que muitos costumam defender a própria superstição. Muitos pensam que um zelo superficial pela religião, sem se importar qual a natureza da religião e se ela é falsa, é o bastante, mas não consideram que a verdadeira religião tem que está em conformidade com a vontade de Deus, pois ele é imutável e não muda conforme a vontade de cada um. A superstição zomba de Deus enquanto tenta se mostrar como um valor atrativo, enquanto tenta mostrar que proporciona utilidade intelectual, estética, que desperta o interesse e a sensibilidade. Pois a superstição se apega aquelas coisas que Deus não aprova, ou seja, aquelas coisas das quais ele já falou que não convém, a superstição trata com desdém essas reprovações e rejeita disfarçadamente aquelas coisas que Deus prescreve e ensina e que são do seu agrado. Calvino afirma que uma vez que o ser humano se apegou aos seus ídolos inventados, a superstição, uma vez que criaram um deus a sua própria im

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #10 OS INIMIGOS DO CONHECIMENTO DE DEUS - INIMIGO 2 – APOSTASIA

Diz o tolo em seu coração: “Deus não existe”. (Salmos 14.1, 53.1) Essa afirmação, diz Calvino, é feita por aqueles que sufocaram a semente divina em seus corações e se fizeram insensatos, é consequência de um coração que se tornou insensível pelo modo errado de viver, constantemente em negação a semente divina implantada em sua natureza, é resultado da persistência em viver no pecado que os faz repelirem furiosamente toda lembrança de Deus, que, no entanto, é espicaçada a consciência constantemente sem ser constrangido ou incitado por outrem – o senso da divindade. A negação da existência de Deus por parte do tolo, consiste em despojar Deus de seu juízo e providência, trancafiando-o como alguém que nada faz nos céu e que consequentemente não interfere nos acontecimentos do mundo e não pune o ímpio, ora, se estes homens conseguirem eliminar o temor do julgamento divino, se entregarão, sem pudor e despreocupados, a qualquer prática que tiverem vontade. A punição de Deus para estes

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #9 OS INIMIGOS DO CONHECIMENTO DE DEUS - INIMIGO 1 – SUPERSTIÇÃO

Embora exista a semente da religião em cada ser humano, dificilmente há alguém que faça crescer essa divina semente em seu próprio coração, muito menos alguém que faça, por conta própria, essa semente amadurecer ao ponto de aparecer os seus frutos. O aparecimento da semente divina no coração do ser humano é algo congênito a raça humana, ela foi dada por Deus a todos os seres humanos na criação, o crescimento dessa semente também é algo que independe da vontade humana. Algumas pessoas se perdem em suas próprias superstições, outras decidem espontaneamente se alienarem de Deus, todos perdem o seu verdadeiro conhecimento de Deus e é por isso que não existe no mundo nenhuma piedade genuína. Todos se extraviaram, ninguém busca a Deus, todos os que o buscam é porque Deus o buscou primeiro. Para Calvino a ignorância ingênua dos que se perdem em superstições não os isentam de seus erros, pois essa incapacidade de ver a verdade está misturada com a vaidade arrogante e desrespeito insisten

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #8 O ATEÍSMO REAL É IMPOSSÍVEL

Os próprios ímpios são exemplos de que existe um estímulo congênito na alma de todos os seres humanos levando-os a alguma noção de Deus. Aqueles que julgam com acerto, afirma Calvino, sabem que o Sensus Divinitatis está gravada na mente de todo ser humano e jamais poderá ser apagado, pois o Sensus Divinitatis   é ingênito a todos os seres humanos e a própria teimosia dos ímpios que tanto tenta se desvencilhar do medo de Deus, no entanto, sem conseguir é claro, é uma testemunha qualificada do Sensus Divinitatis. Ainda que na história da humanidade muitos zombem da religião (reverência a Deus), ridicularizando o juízo divino, isso não passa de um sarcasmo maldoso, pois em seu interior a consciência atormenta mais penetrante que todos os cautérios. A despeito da opinião da sociedade, um erro nunca se tornará obsoleto, ele sempre será uma falha em fazer o que é certo mesmo que contrarie toda uma sociedade, pois não é a “verdade subjetiva” de uma determinada sociedade que estabelecerá

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #7 O SER HUMANO NÃO INVENTOU A RELIGIÃO

Tendo em vista que o coração do ser humano foi feito para buscar Deus, é ilegítima a afirmação daqueles que argumentam que a religião foi inventada por uns poucos com o objetivo de sujeitar o populacho simplório. Isto posto, a religião não foi concebida na imaginação do ser humano, não é fruto da inteligência humana, não é resultado da sagacidade de alguns poucos homens com a intenção de manterem em sujeição o populacho simplório, a religião não foi inventada por homens que não acreditava em Deus, mas que fizeram isso com o propósito de controlar as massas. É claro que existem aqueles que se utilizam da religiosidade para inculcar medo nas pessoas e ter influência sobre elas, mas isso não seria possível, afirma Calvino, se não houvesse a convicção da divindade no coração do ser humano que o tornou propenso para a religião. Por causa da propensão, existe a exploração, e nessa matéria todos são enganados, quem influencia e quem é influenciado. Sem duvida existem pessoas astutas que s

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #6 O SENTIMENTO RELIGIOSO É UNIVERSAL

Para Calvino o ser humano ao ser criado já foi feito com uma disposição natural para a divindade (Sensus Divinitatis), ainda que essa noção fosse limitada, Deus não deixou de colocar em sua criação a noção de sua divina realidade. Além dessa noção natural infundida no ser humano Ele ainda destila novas gotas de sua realidade, continuamente, de maneira que todos tem em si mesmo o testemunho interno de que Deus existe e que é o seu Criador, a despeito de toda essa revelação interna, o ser humano não presta o culto devido a Deus e não consagra a vida a sua vontade, por isso são indesculpáveis. Calvino diz, que como exemplo desse senso da natureza divina instilado na mente humana, podemos ver os povos mais afastados da civilização humana, mesmo que sejam mais retrógrados ou bárbaros, neles está profundamente arraigada à convicção de que Deus existe. Mesmo entre povos mais civilizados está, persistentemente, no interior de todos os seres humanos, esse pressuposto comum ao ser humano – D

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #5 CONFIANÇA E REVERÊNCIA, FATORES DO CONHECIMENTO DE DEUS

Calvino assevera que o ser humano ao invés de divertir-se com questões especulativas e superficiais do tipo quem é Deus, o ser humano deveria interessar-se em saber qual é a natureza de Deus e o que convém a ele em vista de sua natureza. A confiança em Deus e a reverência para com Ele são resultados do conhecimento de Deus. Portanto a pessoa que o conhece não se perde em questões frívolas, mas antes se interessa em saber qual é natureza de Deus e o que lhe convém. O nascimento do ser humano piedoso advém do seu conhecimento de Deus, conhecimento este mediado pelo próprio Deus, através das Escrituras na Face de Cristo. À medida que o ser humano torna-se piedoso através do conhecimento de Deus, esta piedade o leva a aprofundar o conhecimento de Deus, sempre na mediação das Escrituras na Face de Cristo. Deus cuida do mundo, todas as coisas acontecem sob a sua permissão e é ele quem interage com esse mundo para preservá-lo, ele não está ocioso. O conhecimento de Deus por parte do ser h

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #4 REVERÊNCIA E AMOR, OS REQUISITOS PARA CONHECER A DEUS

Nos primeiros três diálogos nós vimos que Calvino nos ensina que quase todo o conhecimento verdadeiro e sólido que o ser humano pode ter, consiste de duas partes – o conhecimento de Deus e o conhecimento de si mesmo, e inevitavelmente, ao olhar para si mesmo o homem será direcionado para o conhecimento de Deus, pois a bondade que encontramos nas pessoas e através das pessoas é uma consequência delas subsistirem em Deus. O mundo elogia atitudes de amor e conclama de que tais pessoas são merecedoras da justa retribuição de Deus, do favor de Deus, entretanto, o evangelho ofende o ser humano natural porque diz que o ser humano é mal e que toda bondade vista através da vida dos seres humanos é subsistência em Deus. A bondade com a qual somos atingidos são flechas que Deus nos manda através das pessoas para que sejamos instigados a buscá-lo e conhecê-lo. Ao olhar para nós mesmos somos direcionados para Deus, pois há coisas em nossas vidas que são empréstimos de Deus ao ser humano; ao olhar

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #3 TEMOR E TREMOR - O HOMEM DIANTE DE DEUS

O conhecimento de Deus produz no ser humano um temor e tremor. É desse conhecimento de Deus que nasce o espanto e horror que a Bíblia nos mostra em relação aos santos que foram tocados e afligidos quando sentiam a presença de Deus. Estes homens são apresentados seguros e firmes antes de terem um encontro com Deus e de sentirem a presença de Deus, mas quando Deus manifestava a sua glória a eles, ficavam abalados, imóveis, prostrados pelo pavor da morte, com um senso tremendo de indignidade diante da presença de Deus, pois o homem só é afetado suficientemente por este senso de indignidade quando diante de Deus compara-se com a beleza majestosa de Deus. Calvino continua falando sobre aqueles que tiveram um encontro com Deus, aqueles que tiveram uma experiência da sua presença. Quanto mais perto de Deus você estiver, mais feio você verá como és. Não se ofenda com isso, pois é verdade. Todos aqueles que tiveram um encontro com Deus, seja nas Escrituras ou durante a história da igreja, f

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #2 O CONHECIMENTO DE DEUS LEVA AO CONHECIMENTO DE SI MEMO

Se por um lado precisamos conhecer a nós mesmos para conhecer a Deus, também é verdade que precisamos conhecer a Deus para nos conhecer. Conhecer a si mesmo é importante, mas não será possível sem conhecermos a Deus, ambos os conhecimentos caminham juntos, são irmãos gêmeos. Isto, porque afirma Calvino, que o homem não é capaz de chegar ao pleno conhecimento de si mesmo sem contemplar a face de Deus, e a partir da visão que Deus tem do ser humano, ele comece a examinar-se a si próprio. O orgulho nasce conosco, aos nossos próprios olhos nos consideramos pessoas boas, justas, sábias e integras ao não ser que sejamos convencidos do contrário, e esse convencimento não vem se olharmos apenas para nós mesmos, mas se olharmos para Deus e através dele olharmos para nós mesmo, pois ele é e deve ser o parâmetro para todo ser humano. Devemos assim proceder, pois somos propensos a hipocrisia e a aparência de justiça nos satisfaz em lugar da real justiça, o homem é enganado por si mesmo quando nã

DIÁLOGO COM CALVINO – DIÁLOGO #1 O CONHECIMENTO DE SI MESMO LEVA AO CONHECIMENTO DE DEUS

Calvino afirma que quase todo conhecimento verdadeiro que o ser humano possui procede do conhecimento de Deus e do conhecimento de si mesmo, entretanto, é muito difícil distinguir qual conhecimento precede ao outro. Saber quem eu sou de fato me levará ao conhecimento de Deus e saber quem Deus é me levará a ver e conhecer quem realmente sou e ambos os conhecimentos estão interligados. Preocupar-nos com o conhecimento de nós mesmo é importante para conhecermos a verdade. Qual verdade? A verdade de quem eu sou no mundo, minha origem: a verdade de onde eu vim, minha finalidade: a verdade do objetivo da minha existência, meu destino: a verdade da minha essência e da minha continuidade existencial após a fim da nossa existência nesta Era. Conhecer-nos a nós mesmos nos levará ao maior e mais importante conhecimento que podemos ter, ao conhecimento de Deus e consequentemente ao conhecimento de nossa responsabilidade diante dEle e dos outros, os nossos semelhantes.   “Conhece-te a ti mesmo” e

TENTAÇÃO

Olho para o lado, ninguém está olhando, mentira A sombra me alcança, tentando me encobrir Resisto, luto, me entrego, minh’alma reclama Acordo, combato o bom combate, guardo a fé Olho para baixo, estou sozinho, embuste O desejo me toma, eu o alimento Resisto, luto, me entrego, minh’alma reclama Acordo, combato o bom combate, guardo a fé Olho para trás, ninguém me seguindo, logro Tomo a iniciativa, vou dando guarida Resisto, luto, me entrego, minh’alma reclama Acordo, combato o bom combate, guardo a fé Olho para frente, ainda arrumo desculpas, engodo A vontade me assedia, flerto com ela Resisto, luto, me entrego, minh’alma reclama Acordo, combato o bom combate, guardo a fé Olho para cima, a ficha cai Percebo que sozinho eu não estou Sou assistido, acompanhado, cuidado Minha força aumenta, mas mesmo assim ainda tropeço Resisto, luto, me entrego, minh’alma reclama Acordo, combato o bom combate, guardo a fé Desculpas esfarrapadas são c

VIA DOLOROSA – CAMINHO APERTADO

Três homens caminham lentamente Fustigados, por uma estrada de horrores Geme a multidão no cenário de terrores Dois já foram na frente, torturados friamente Vacilam-lhes as mãos as pernas perdem a força Em espanto choram, lastimados e abatidos A multidão que o condenara, reprimindo-o Das feridas esvai o sangue, deixando poça A derrota aparente traiçoeira e melancólica Foi lhe imputado, com mão potente Angustia delirante, desde o sol poente Tortura constante, mancha sanguinosa A dor latente tirou o vigor dos braços A madeira caiu-lhe dos ombros, estava fraco No meio da multidão, Simão foi chamado Uma ajuda extra para seguir até o calvário Em caminho comprido, penetrou o Gólgota Fim do fim, morte da morte, começo da vitória Seus algozes o prenderam junto ao madeiro Coroa de espinhos, prego nos pés, prego nos punhos No horizonte e acima o céu azul esplendoroso Vendo um inocente injustamente condenado Na verdade o nosso castigo a ele