A JOIA DE GRANDE VALOR


“O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou”. (Mateus 13.45-46)
Você sabe como uma pérola é formada? Um pouquinho de areia ou microrganismos (vermes) adentra na concha fazendo com que essa situação torne-se extremamente irritante para a concha, causando-lhe grande sofrimento, esses microrganismos ou areias tornam-se uma intrusão irritante. A concha como não pode expulsar o intruso (não tem capacidade), aciona o seu mecanismo de defesa e começa a produzir uma secreção leitosa que vai cobrindo camada após camada o intruso até que a irritação torna-se suave, redonda e aceitável, uma gema preciosa.
As joias podem ser feitas de rochas ou cristais, algumas podem ser extraídas da terra, mas a pérola é a única joia que é feita a partir de um organismo vivo. As pérolas são produzidas através de muito sofrimento, dor, aflição e superação. A pérola é o resultado de um organismo vivo que superou o sofrimento e produziu algo belo e de grande valor. É por isso que as pérolas são joias de grande valor.
O Reino de Deus é essa pérola preciosa. Jesus deu-nos o Reino dos Céus através de muito sofrimento e dor, através da imputação dos nossos pecados a Ele, assim Ele sofreu toda a ira de Deus na Cruz, dor essa que é inimaginável para nós, pois nunca precisaremos provar, pois Jesus pagou o preço.
 Essa parábola de Jesus ilustra exatamente como o Reino dos Céus exige uma resposta sincera daquele que encontrou o Reino. Essa parábola é semelhante à parábola anterior do Tesouro perdido (Mateus 13.44), ambas as parábolas mostram-nos que o fato de alguém encontrar o Reino dos Céus, muda completamente as suas prioridades, muda completamente a sua relação com as coisas desse mundo e com o Reino dos Céus, com Deus, muda a sua cosmovisão. O que antes era negligenciado, o que antes não era buscado, agora é percebido e buscado com total dedicação. O ser humano que não é regenerado não busca a Deus (Romanos 3.11), o ser humano que encontrou o Reino dos Céus busca a Deus com toda a dedicação ao ponto de se desfazer de tudo em busca de Deus.
O homem que não foi regenerado vê essa busca de Deus com grande desprazer, ele não tem interesse em buscar a Deus, não há vida nele e mortos espiritualmente não buscam a Deus. Já o homem que encontrou a pérola preciosa se alegra em buscar a Deus. Deus tornou-se a sua delicia, o seu prazer, e esse ser novo (nova criatura) deleita-se em buscar a Deus, não existe para ele nada mais prazeroso do que buscar a doce presença de Deus. O homem que encontrou o Reino dos Céus submete-se a soberania de Deus, ao senhorio do Senhor Jesus Cristo, ele nega-se a si mesmo na busca da vontade do seu Senhor, pois o seu prazer está em agradar o seu Senhor (Mateus 10.38-39; 16.25; João 12.25).
O Apóstolo Paulo é um homem que ilustra perfeitamente essa busca por Deus. Quando ele encontra o Reino de Deus (sem estar buscando – Atos capítulo 9), assim como o homem da parábola do tesouro perdido (Mateus 13.44), que da a entender que encontrou despretensiosamente o tesouro, ao contrário do homem que estava procurando uma pérola de grande valor (Mateus 13.45-46) e a encontrou. Paulo é como o homem no campo trabalhando (Mateus 13.44), fazendo o seu serviço despretensiosamente, mas de repente ele encontra um tesouro, e isso mudou a vida dele completamente. O curso da vida dele é mudado, sua cosmovisão é mudada, suas atitudes são mudadas, suas intenções, são mudadas, ele agora está buscando o Reino de Deus, ele agora cumpri exatamente aquilo que Jesus ordena a todos os seus discípulos, ou seja, ele toma a sua cruz e nega-se a si mesmo, ele, literalmente, perde a vida por amor a Jesus e ao evangelho. Veja o que Jesus disse: “e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará”. (Mateus 10.39-39) e “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará”. (Mateus 16.25)
Paulo só consegue fazer isso porque achou a joia de grande valor, na estrada para Damasco ele encontrou o Reino, ele encontrou Jesus. A partir desse momento nós vemos um Paulo diferente que toma a sua cruz, nega-se a si mesmo e perde a sua vida por amor a Deus (você poderá ver uma breve descrição dos sofrimentos de Paulo em 2º Coríntios 11.23-33).
Jesus Cristo é pérola de grande valor que Paulo encontrou na estrada para Damasco, veja o que o próprio Paulo falou a respeito disso: “Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé”. (Filipenses 3.8-9)
Você já encontrou a joia de grande valor? Teve a sua vida, vontade, emoções, cosmovisão, mudada por causa desse “achado”? Você é como Paulo e o homem da parábola em Mateus 13.44-46 que depois de encontrar esse tesouro teve e tem a sua vida completamente diferente, transformada, andando de acordo com a vontade de Deus? Depois de encontrar esse tesouro você teve uma mudança interior que reflete no seu exterior através das suas práticas? Você busca a Deus?
ORAÇÃO:

Senhor Deus, Pai amado, o Senhor é a joia mais preciosa de todo o universo, eu quero busca-lo e agradá-lo, muda o meu interior. Quero ser como esse homem da parábola e como Paulo que teve a sua vida, emoções, vontades, cosmovisão, completamente mudadas pelo encontro com o Senhor, eles encontram a pérola preciosa que muda a vida, ajuda-me a encontrar essa joia e mude a minha a ponto de eu me submeter a sua soberana vontade. Ajuda-me a ser um servo que carrega a sua cruz, nega-se a si mesmo e se preciso for perde a própria vida por amor ao Senhor. Em nome de Jesus Cristo, amém.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SUPRIMINDO A VERDADE

NÃO JULGUEIS PARA QUE NÃO SEJAIS JULGADOS

POEMA: O PRIMEIRO ASSASSINATO