POEMA - QUEDA OU SUICÍDIO?

Num ambiente planejado, o ser humano foi colocado;
Um lugar tão bonito, diferente de tudo o que havia sido criado;
Arvores tão bonitas, como Deus havia planejado,
De várias espécies, pequenas, médias, altas, tudo planificado,
Todas elas arquitetadas, espalhadas no ambiente que Deus tinha inventado;
Um lugar tão bonito, que o ser humano ficou maravilhado;
Deus a esse lugar um nome já havia dado, jardim do Éden ele será chamado.

Neste lugar encantado, alimento não faltava, a água era farta,
A vida era bela, nada desarmonizava, dor não existia, a morte não reinava;
Obedecer apenas uma ordem, era o que o ser humano precisava,
Comer da arvore do conhecimento, ele não necessitava;
A ganancia tomou conta do seu coração obstinado,
E ele veio a cometer aquilo que ficou conhecido, como o primeiro pecado.

Não foi um acidente, como se ele estivesse escorregado;
Deus colocou no meio do jardim um buraco, e disse:
Nele se pular estará equivocado, sobre ti atrairá o indesejado;
A dor conhecerá como nunca havia imaginado, pois,
Pelo pecado entrará a morte nesse mundo inventado.

O ser humano não fez muito caso, dessa ordem por Deus dada,
Pulou naquele buraco, e sua história começou a ser abreviada;
Quando percebeu que os seus desejos o havia enganado,
Viu que estava nu e ficou desesperado.
A tarde estava findando e o encontro já estava marcado,
Mas depois de ter se jogado no buraco, o ser humano ficou amedrontado,
Tremendo de medo, saiu correndo desesperado,
Do encontro com o Criador que já estava agendado.

Adão, Adão, chamou o Criador pelo ser criado;
Procurando pelo ser humano para aquele encontro marcado;
O ser humano já havia mudado, no lugar da amizade, o medo tinha ficado;
O homem correndo desesperado, se escondeu do criador,
Pois, depois de errar o alvo, percebeu que estava pelado diante do criador;

– Falou o Criador ao ser criado:
Por que se escondeu ser criado, quem te mostrou que estavas pelado?
Acaso comeste da árvore proibida, errando o alvo?
A mulher que tu me deste, me fez errar o alvo – respondeu o ser criado;
– Falou o Criador a mulher:
Mulher, não sabia que isso não era do meu agrado?
– Respondeu a mulher envergonhada:
A serpente me enganou, por isso errei o alvo.

Declarou o Criador aos seres inventados:
Maldita és tu serpente, de todos os animais criados;
Sobre o próprio ventre rastejará, pó todos os dias comerá;
Inimizade entre ti e o descendente da mulher terá;
Este lhe ferirá a cabeça, e você o calcanhar.
Mulher a tua dor no parto aumentará,
Teu desejo será para o teu marido, pois ele te dominará;
Homem, com o suor do teu rosto sobreviverá,
Pois a terra dará ervas daninhas e espinhos,
E com muito trabalho e sofrimento comerás.
Visto que é pó, a terra voltará, e aquilo para o qual o tinha advertido,
Um dia ocorrerá, pois como erraste o alvo, deixaste a morte entrar;

Desde este dia tão terrível, o homem esta a divagar;
Foge do criador, com medo de sei lá...
Sonha com a realização, em se fartar;
Mas se esquece, todo dia, que esse desejo,
Somente se concretizará quando a amizade com o criador um dia retornar.


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