VIA DOLOROSA – CAMINHO APERTADO


Três homens caminham lentamente
Fustigados, por uma estrada de horrores
Geme a multidão no cenário de terrores
Dois já foram na frente, torturados friamente

Vacilam-lhes as mãos as pernas perdem a força
Em espanto choram, lastimados e abatidos
A multidão que o condenara, reprimindo-o
Das feridas esvai o sangue, deixando poça

A derrota aparente traiçoeira e melancólica
Foi lhe imputado, com mão potente
Angustia delirante, desde o sol poente
Tortura constante, mancha sanguinosa

A dor latente tirou o vigor dos braços
A madeira caiu-lhe dos ombros, estava fraco
No meio da multidão, Simão foi chamado
Uma ajuda extra para seguir até o calvário

Em caminho comprido, penetrou o Gólgota
Fim do fim, morte da morte, começo da vitória
Seus algozes o prenderam junto ao madeiro
Coroa de espinhos, prego nos pés, prego nos punhos

No horizonte e acima o céu azul esplendoroso
Vendo um inocente injustamente condenado
Na verdade o nosso castigo a ele imputado
Começa a escurecer em terror pavoroso

Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?
O som da voz fraca de um homem condenado
A voz forte de um vencedor que venceu o pecado
Livrou aquele que crê da condenação, de pureza me reveste

Ergueram o Salvador, sentença de morte, maldição
O Santo torna-se pecado para salvar uma multidão
Tetelestai, tetelestai, está consumado o preço foi pago
Olhando para o passado cheios de gratidão, em nosso lugar foi dado

Ele nos amou – fui amado
Por isso vago rumo ao infinito
Com esperança, um caminho apertado
Seguindo as pisaduras do meu Mestre amado

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SUPRIMINDO A VERDADE

NÃO JULGUEIS PARA QUE NÃO SEJAIS JULGADOS

POEMA: O PRIMEIRO ASSASSINATO