AS MARCAS DO VERDADEIRO ARREPENDIMENTO


Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que desculpas, que indignação, que temor, que saudade, que preocupação, que desejo de ver a justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito. (2º Coríntios 7.10)
Paulo havia escrito uma carta para a igreja de corinto (2º Coríntios 2.4), carta esta que o tinha levado ao arrependimento, pois nessa carta que ele havia escrito, ele tinha entristecido os coríntios, combatendo aquilo que havia de errado naquela igreja – todo o pecado conhecido. Entre o envio da carta e a resposta dos cristãos da igreja de corinto, Paulo se arrependeu, pois sabia que, a carta à igreja de corinto, havia entristecido eles, entretanto, com a resposta vinda da igreja de corinto, Paulo disse: É verdade que a princípio me arrependi, pois percebi que a minha carta os entristeceu, ainda que por pouco tempo. Agora, porém, me alegro, não porque vocês foram entristecidos, mas porque a tristeza os levou ao arrependimento”. (2º Coríntios 7:8-9) Embora o próprio Paulo tenha ficado aflito e até mesmo se arrependido pelo entristecimento da igreja de corinto, agora com os resultados, não há mais arrependimento, mas sim alegria, pois Deus havia usado a carta do Apóstolo Paulo e tinha entristecido a igreja de corinto de forma que toda igreja se arrependeu de seus pecados.
Como o apóstolo Paulo soube do arrependimento da igreja de corinto? Ele ficou sabendo do arrependimento da igreja de corinto através de Tito que havia voltado e dada à boa noticia ao apóstolo (2º Coríntios 7.6). Isso nos leva para a seguinte afirmação: o arrependimento é algo que pode ser verificado através do comportamento do outro, e da mudança de pensamento do outro manifestado através das palavras e ações, se isso não fosse possível Tito não poderia ter dada a boa noticia ao apóstolo Paulo, pois como ele poderia saber do arrependimento da igreja de corinto? Paulo menciona sete atitudes que foi presenciada na igreja de corinto e que demonstra o arrependimento dela.

1.   CUIDADO.
Quando o ser humano está acostumado com o pecado ele não responde aos estímulos contrários ao pecado, pois ele está com a sua consciência cauterizada, ele está sonolento, inativo, morto. Neste estado não há nenhuma preocupação com o pecado e por causa do pecado, não há resistência ao pecado, apenas conformidade com o estado depravado e indiferença à vida de santidade que agrada a Deus. Entretanto, quando há um desejo sincero de corrigir a vida e abandonar o pecado, ali haverá guerra contra toda depravação. O desejo sincero, mencionado por Paulo, é a vontade colocada em prática contra o erro, uma luta em favor da verdade. Quando há desejo sincero há assiduidade no combate ao pecado, o desejo sincero é um andar ansioso e ativo na correção daquilo que está errado, há uma luta para alterar a vida, para corrigi-la e andar conforme a vontade do Senhor nosso Deus. É uma pressa em corrigir o que está errado, uma dedicação, existe empenho em ajustar as atitudes conforme a vontade de Deus é uma diligência em se adaptar ao padrão de Deus, o oposto disso é a negligência, indiferença, não existe aplicação alguma para combater o que está errado – o pecado.
  1. DEFESA.
Defesa aqui não é uma tentativa de justificar-se com argumentos, ou seja, com palavras. Quando Paulo fala “que defesa” ele está se referindo a atitude dos coríntios em abandonarem a inércia frente ao problema ou prosseguirem com a mesma atitude sem corrigir o problema. A defesa consiste em uma mudança de atitude que reflete no modo de agir. Essa é melhor defesa – corrigir as atitudes anteriormente denominadas como erradas. É um desculpar-se, buscando o perdão. E que melhor maneira de fazer isso, se não mudando de atitude.
  1. INDIGNAÇÃO.
A indignação é uma repulsa contra si mesmo por ter se permitido que o pecado tivesse predominância por tanto tempo sem que houvesse alguma providencia em relação a ele, ao invés da indiferença em relação ao pecado, o pecador fica muito irado consigo mesmo por cometer tais pecados.
  1. TEMOR.
O temor do Senhor é o principio da sabedoria, pois ele nos conduz segundo a vontade do Senhor, ou como A. W. Pink falou “é uma ansiedade de espírito contra mais uma queda”. É um temor de cair nos mesmos erros, ou em outros erros e magoar o coração bondoso de Deus. É um temor da queda não por causa da punição dos pecados, mas por causa do amor que os filhos (os regenerados) têm pelo Pai.
  1. SAUDADES.
É um desejo veemente pela ajuda de Deus para não cair no mesmo erro, para que não haja recorrência. É um anseio por mais ajuda de Deus para vencer o pecado. É um anseio para retificar as injustiças cometidas por si mesmo, corrigir os erros e não vivencia-los mais.
  1. ZELO.
Um interesse por fazer a vontade de Deus, por fazer o oposto do pecado. É um zelo pela glória de Deus, é um zelo pela restauração do pecador (dos outros e de si mesmo), é um zelo pela igreja local, principalmente quando o pecado fere e mancha o bom nome da igreja do Senhor.
  1. VINGANÇA (FAZER JUSTIÇA).
Uma correção. É a aplicação de medidas corretivas ao ofensor em seu meio (na igreja), é uma determinação em castigar o pecado. É a mortificação do corpo do pecado.

Quando um ser humano encontrar essas marcas do arrependimento em sua própria vida ele não precisará duvidar da veracidade do seu arrependimento, pois o arrependimento que apresentar estas sete marcas é o arrependimento que foi produzido pela tristeza segundo Deus.

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