ONDE VOCÊ ESTARÁ DAQUI A UM MILHÃO DE ANOS?
Quando estudamos a condição dos seres humanos
após a morte é preferível falarmos de uma existência pós-morte ao invés de vida
após a morte, pois nem toda existência no pós-morte é vida após a morte, mas
sim morte após a morte. O final de nossa existência aqui neste mundo marcará o
começo de uma nova ordem em nossa existência, ordem está que, diferentemente
desta que vivemos agora, durará para sempre. Para uns será o começo de uma
felicidade sem fim, para outros será o começo de um horror que perdurará para
sempre, pois viveremos conscientemente ou a experiência da vida após a morte ou
da morte após a morte.
Quando nosso folego cessar, o que será que
nos acontecerá? O fim dessa existência marcará o começo de uma definitiva e
nova existência. O que estará reservado para nós no além? Muitas pessoas ficam
perturbadas com essas perguntas, mas geralmente nãos estão dispostas a admitir
e lidar com elas. Conforme as horas passam, os dias, semanas, meses e anos
passam e ficamos cada vez mais próximos da morte, a cada dia que passa ela está
se agigantando para cima de nós. Logo as luzes da vida se apagarão e o que será
de você?
Pensar na morte não é uma coisa mórbida como
muitos podem pensar, pois a única coisa certa nesta vida é que vamos morrer.
Uma mente sábia enfrenta os dilemas da vida, todos nós sabemos que o escapismo
não é sadio. Cedo ou tarde a morte intervirá e fará a nossa vida cessar,
precisamos pensar nela e em como será a nossa existência após a morte. Mais uma
palavra a respeito da morte, pois muitos vivem como se não fossem morre, e
tantos outros como se soubessem quando vão morrer, então precisamos seguir o
conselho de Filipe de Macedônia e lembrarmos todos os dias que vamos morrer.
A morte é uma monstruosidade malévola e
estamos todos certos ao nos ressentirmos dela. A morte, ao contrário do que
muitos pensam, não é algo natural ao ser humano, ela é uma violação das
continuidades, dos sonhos, dos projetos, das amizades, dos relacionamentos
familiares, do contemplar a beleza, é o apagar das luzes em pleno clarão do
meio dia. A morte é um mau que não é nem um pouco natural.
Quando uma pessoa morre em decorrência da
velhice ou de uma doença, tendemos a dizer que esta pessoa teve uma “morte
natural”, diferentemente das pessoas que tiveram uma morte em consequência de
um acidente ou violência. Entretanto a Bíblia nos ensina que, quer seja por
velhice, doença, acidente ou violência, a morte não é natural. Na morte o corpo
volta para o pó e o espírito volta para Deus (Eclesiastes 12.7), há uma
separação que não é natural, pois o ser humano só é humano por causa da junção
entre o seu corpo físico e o seu espirito, que foi realizado por Deus em sua
criação (Gênesis 2.7).
Supõe-se que com a morte da pessoa vem à
aniquilação da pessoa, ou seja, que a pessoas deixam de existir ou entra num
sono inconsciente, entretanto a morte não é o fim da existência da pessoa,
muito menos o cessar de sua consciência. A morte não é o fim da existência
consciente pessoal. Por toda a Bíblia é ensinado que após a morte a pessoa
manterá a consciência, ou seja, saberá quem ela é e onde está e porque está
naquele lugar, seja este lugar bom ou ruim.
A Bíblia ensina que após a morte o ser humano
vai para o Sheol (Antigo Testamento), Hades (Novo Testamento). É um erro quando
traduzimos essas duas palavras por inferno, pois em muitas passagens da Bíblia
estas palavras apenas se referem a morada dos mortos, morada estas que é
provisória, seja para o crente ou para o incrédulo. Como vimos acima, o ser humano
não é somente corpo e também não somente espírito, o ser humano é feito dessas
duas realidades, corpo e espírito. Em muitas passagens, quando a Bíblia fala
que a pessoa desceu ao Sheol (Antigo Testamento), Hades (Novo Testamento), ela
está falando do corpo e mesmo esse lugar (Sheol ou Hades) serão esvaziados na
ressurreição de todas as pessoas, pois chegará o tempo em que o Filho do homem
chamará e os mortos sairão dos túmulos e ressuscitarão (João 5.28-29). Na morte
o ser humano é despido de sua habitação natural (2º Coríntios 5.1), o corpo
volta para o pó e o espírito para Deus (Eclesiastes 12.7). Posto isto, não
quero dizer que há destinos diferentes para as pessoas após a morte além
daquilo que já foi dito, visto que alguns, mesmo em espírito desfrutarão da
presença consoladora de Deus até a ressurreição final e depois para toda a
eternidade desfrutarão dessa alegria no novo Céu e a Nova Terra, enquanto
outros sofrerão o terror de sua presença em ira até a ressurreição final e
depois para toda a eternidade sofrerão a ira de Deus no Geena para sempre – dor
sem fim, angustia sem fim, pavor sem fim – o fim de toda esperança.
Por esses motivos a Bíblia chama de louco a
pessoas que faz preparação somente para a existência nessa vida, sem se
importar com o pós-morte, onde de fato a nossa existência estará definida para
todo o sempre. Daqui a um milhão de anos ou você estará desfrutando das
alegrias que Deus prometeu no novo Céu e na nova Terra ou estará sem
atormentado, sem esperança alguma dessa dor findar. E o mais importante é que
você tem somente esta vida, que se resume para os que chegam mais longe a 90
anos, onde você decidirá sobre o seu futuro eterno. Vida ou morte, o que você
escolhe?
Talvez você esteja pensando: um milhão de
anos? Vou me preocupar com a minha vida agora, com a carreira, as conquistas os
sonhos e prazeres que eu puder desfrutar. Mas isso revelaria uma falta de
sabedoria para com você mesmo. Vivemos em um mundo violento, a morte tem
chegado cada vez mais cedo, seja por doenças ou violências, e ninguém está
imune, ninguém pode dizer, como ouvi certa vez de um sujeito que acabara de
completar 40 anos de idade, ele me disse: ainda tenho mais 30 ou 40 anos pela
frente. Que loucura! Não sabemos o dia em que enfrentaremos a morte, mas precisamos
estar preparados, pois ela vem sem demora a todos nós devorar.
Duas atitudes que você deve ter em sua vida,
caso você queira estar preparado para enfrentar a morte e desfrutar das
alegrias e promessas de Deus no pós-morte.
A primeira é arrependimento. Você precisa se
arrepender dos seus pecados, precisa se entristecer com eles, confessa-los a
Deus e abandoná-los. E essa atitude você deverá levar por toda a sua existência
aqui nesta vida, ela precisará ser diária, constante, pois uma das marcas dos verdadeiros
cristãos é o arrependimento constante, isso porque estes sabem que o pecado é
um cuspi na face de Deus, e ninguém tem prazer em ferir o coração de alguém que
ama.
A segunda é fé em Jesus Cristo. Essa atitude
é muito importante, pois uma pessoa não pode merecer o seu pelos seus próprios
méritos, e acreditar que o arrependimento é a única maneira de entrar no céu é
um erro. Assim como o arrependimento, a fé em Jesus Cristo será constante na
vida de quem se entregou para Deus, pois a medida que formos nos aproximando de
Deus veremos o quanto somos pecadores, imperfeitos e isso gerará em nós
arrependimentos por ser quem somos e fé em Jesus Cristo o único que viveu uma
vida perfeita e nos representou de maneira perfeita diante de Deus, sem pecado,
e morreu em nosso pecado, sofrendo o castigo que nos traz a paz com Deus.
“O tempo é chegado, dizia Jesus: O Reino de
Deus está próximo. Arrependam-se e creiam no evangelho, creiam em Deus, creiam
também em mim” (Marcos 1.15; João 14.1)
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